Mobilizarmo-nos no que acreditamos, pois nada nasce e cresce do acaso.
31 Mai 2013

Mobilizarmo-nos no que acreditamos, pois nada nasce e cresce do acaso.

Um dos pressupostos do “crescimento” na vida está seguramente baseado na dificuldade que a mesma nos coloca, obrigando-nos muitas vezes a atitudes de auto superação, de acordo com a natureza, necessidade e factos que se afiguram no momento. José da Silva, ou simplesmente Djô da Silva, é um exemplo desta atitude. É a confirmação de que é necessário confiarmos, empenharmo-nos e mobilizarmo-nos para fazer acontecer as coisas em que acreditamos, porque nada nasce ou cresce do acaso. Foi desta forma que Djô da Silva assumiu, desde criança, a vida, moldando-a no que sempre acreditou, com os resultados conhecidos por todos os que se interessam pela cultura cabo-verdiana, em particular pela sua música. Um dos seus feitos mais importantes personificou-se na carreira e projeção internacional de Cesária Évora.

Defensor do rigor e da valorização de novos talentos, entende que é possível melhorar a qualidade da música de Cabo Verde. Considera fulcral a contribuição do Governo nas principais políticas e estratégias para que se consiga capacitar melhor os músicos do país, quer seja ao nível da formação, quer na valorização da sua atividade profissional. Também afirma que é necessário mais pragmatismo e ação sobre os mecanismos de regulação e proteção da música cabo-verdiana, num momento em que a globalização e as novas tecnologias de comunicação irão, a curto prazo, revolucionar a indústria musical em todo o mundo. O reconhecimento da sua enorme contribuição para a divulgação da música de Cabo Verde, foi-lhe dado na edição deste ano do Babel Med Music, realizada em França, com a atribuição do “Prémio Especial Babel Med”.

Empenhado em produzir em Cabo Verde eventos de referência mundial, são já uma realidade o festival internacional Kriol Jazz Festival e a Atlantic Music Expo, que pretendem transformar Cabo Verde numa plataforma de intercâmbio de experiências e conhecimentos para a música do mundo. Assiste-me a desejar a Djô da Silva que esta sua convicção e empenho perdure e que tragam para Cabo Verde muitas e boas colheitas.

Não queria terminar este meu editorial sem deixar de sugerir uma visita de lazer à Ilha do Sal, aproveitando o sol para relaxar numas merecidas e reconfortantes férias balneares. Boas leituras.

Luís Neves


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