Kriol Jazz Festival  – Pretexto para unir povos nas sonoridades da música do mundo
31 Mai 2013

Kriol Jazz Festival – Pretexto para unir povos nas sonoridades da música do mundo

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Três dias mágicos. Três dias em que o jazz é rei e a música apenas pretexto para reunir interpretes e público de vários países com diferentes sonoridades uns, diferentes mentalidades outros, numa fusão de valores universais que só a música pode aproximar. É este o espírito do Kriol Jazz Festival.
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A edição 2013 do Kriol Jazz Festival que decorreu na cidade da Praia de 11 a 13 de abril, apenas confirmou o prestígio e exuberância pela qual foi distinguido numa conceituada revista internacional da especialidade, e que o classificou como um dos vinte e cinco melhores festivais de worldmusic que se realizam atualmente.

A Rua Pedonal e a Praça da Escola Grande, no Plateau, foram pequenos para acolher todos os que queriam marcar presença neste importante evento cultural da música crioula e que coloca Cabo Verde no epicentro dos grandes encontros internacionais de worldmusic. É igualmente uma oportunidade para os artistas nacionais divulgarem o seu trabalho perante os milhares de turistas que marcam já presença regular no festival.

Para a edição de 2013, o cartaz fez-se de artistas provenientes de Cabo Verde, Portugal, EUA, Congo, Brasil e Benim.

O Kriol Jazz Festival 2013 arrancou com o pianista Dominique Fillon, numa fusão de sons latinos, brasileiros e africanos. A noite terminou com o intercâmbio entre a música cabo-verdiana e francesa, a que dera corpo os músicos Kim Alves, Manuel de Candinho, Jenifer Solidade e Giovanni Mirabassi.

Isa Pereira, Cordas do Sol e Rui Cruz levaram à Rua Pedonal, no primeiro dia do festival, os sons de Cabo Verde, inteligentemente intercalados com sonoridades além fronteiras, tais como as do trio norte-americano Berklee Music School e os seus ritmos afro-brasileiros.

A maratona musical continuou no segundo dia, desta vez na Praça da Escola Grande, onde atuaram os artistas nacionais Carmen Souza e os músicos internacionais Ziskalan, da ilha da Reunião, o trompetista e congueiro Jerry Gonzalez e as suas sonoridades latinas e Pierre Akendengue, um dos maiores letristas da música francófona africana.

Para o último dia do festival, o palco do Kriol Jazz juntou a Europa, América e África, culminando com uma atuação da sempre brilhante cantora “soul” Betty LaVette. Para o início da noite, a surpresa de Nancy Vieira a cantar com a fadista portuguesa Joana Amendoeira, numa mistura de morna e fado. O resultado não podia ser mais harmonioso, pleno e conseguido, unindo géneros musicais que partilham dos mesmos génes.

O ambiente animou-se com a banda de metais do Benim, os Gangbe Brass Band que, de forma sublime, misturam ritmos africanos com sonoridades jazzísticas mais tradicionais. Também o saxofonista brasileiro Leo Gandelman nos fez recordar os grandes temas da música brasileira de finais dos anos 50 e inícios de 60. A encerrar a edição de 2013 do Kriol Jazz Festival, subiu ao palco a diva da “soul” Bettye LaVette, que com a sua poderosa e penetrante voz, encantou todos os presentes.

Além da excelente seleção musical, da irrepreensível organização e do caloroso carinho com que os cabo-verdianos receberam, uma vez mais de braços abertos este evento, o Kriol Jazz Festival 2013 marca em definitivo a consagração de Cabo Verde como um dos grandes palcos mundiais da música do mundo.

Kriol Jazz Festival 2013

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