Custódio Ramos e José Ramos – Turísmo, mas com qualidade e inovação
30 Dez 2012

Custódio Ramos e José Ramos – Turísmo, mas com qualidade e inovação

Custódio Ramos
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Custódio Ramos, empresário luso-moçambicano, iniciou a sua vida profissional como vendedor de automóveis em Moçambique. No entanto, durante o tempo em que a sua mãe foi proprietária de um pequeno hotel, alimentou o sonho de ser hoteleiro. É atualmente, um dos mais experientes gestores hoteleiros de Cabo Verde.
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Em 1970, Custório Ramos abandonou Moçambique e partiu para Portugal com o objetivo de construir o seu hotel, mas o projeto não foi aceite. Dedicou-se então a algo inovador para a época, a construção de uma fábrica de batatas fritas – as “Pala-Pala”. Mais tarde, vendeu a fábrica para realizar o sonho de infância: construir o tão desejado estabelecimento hoteleiro. De visita a Cabo Verde com um amigo, Alçada Batista, teve a ideia de construir outro hotel, mais vocacionado para os clientes empresariais e pessoas de negócios. Nasceu então na  Praia o emblemático Hotel Trópico, recentemente adquirido pelo Grupo Pestana. Mas como Custódio Ramos é um homem de ação e um empreendedor nato, está já, juntamente com o seu filho José Ramos, à frente do seu mais recente projeto hoteleiro: a “Guest House” na cidade da Praia.

“Guest House” é um conceito inovador que oferece uma nova forma de hospedagem, transportando o cliente para a sua própria casa, com todo o conforto e respondendo às necessidades das pessoas que ficam hospedadas apenas alguns dias ou por tempo indeterminado. Custódio Ramos optou por decorar o hotel de forma discreta e acolhedora, com decoração alusiva ao mar, valorizando em primazia um serviço de qualidade, sendo o preço igual para uma ou três pessoas.

O hóspede tem à disposição um apartamento equipado com o necessário para confecionar refeições ligeiras, internet gratuita, televisão com canais nacionais e internacionais, cofre no quarto, máquina de gelo no primeiro andar, assim como serviço de lavandaria.

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Guest House Praia

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“Pescador”, o restaurante do hotel, caracteriza-se pela inovação na gastronomia nacional e internacional e pela qualidade do serviço, possuindo “um ambiente requintado e acolhedor, com sabores da região, produtos frescos da terra e do mar e gastronomia portuguesa e cabo-verdiana. Os menus mudam sazonalmente para incorporar os produtos mais frescos e orgânicos disponíveis no mercado, procurando equilibrar o tradicional e o contemporâneo, o simples e o sofisticado. Para jantares mais reservados, de negócios ou almoços em família, oferece a oportunidade de o fazer em privado”, afirma José Ramos.

O empresário Custódio Ramos acredita que Cabo Verde tem excelentes hotéis e possui um turismo de qualidade. Contudo, “apesar dos hotéis serem uma parte importante no desenvolvimento do turismo, há muitas outras coisas que são necessárias”, comenta. “Um dos principais problemas que afetam o turismo em qualquer parte do mundo, inclusive em Cabo Verde, é a relação entre os operadores turísticos e os grandes hotéis, que pouco ou nada têm de típico na região para oferecer ao turista”. Continua dizendo que a maioria dos turistas que vêm a Cabo Verde apenas pretendem sol e mar, no entanto “Cabo Verde tem também outro tipo de hóspedes – comerciantes, técnicos, entre outros – sendo que a maior parte dos clientes vêm com um objetivo bem definido. Além destes, estão a aperecer turistas que antes escolhiam destinos como a Tunísia, Marrocos ou o Egito e que vêm à procura de tranquilidade. O negócio do turismo é diferente de qualquer outro negócio, porque normalmente, são os outros negócios que vão à procura de clientes e no turismo é o cliente que procura o país. É dos poucos negócios em que os clientes pagam antes”.

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Custódio Ramos

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Para Custódio Ramos, os empregados cabo-verdianos são excelentes, pois têm vontade de vencer na vida. “Temos aqui pessoas que apesar de nunca terem visto um hotel e nunca terem trabalhado numa mesa, dão o seu melhor, são cooperantes e extraordinárias” – afirma o empresário – “Aliás, um trabalhador cabo-verdiano no estrangeiro é preferido por ser um bom profissional e possuir formação para dar continuidade à excelência que se pretende; também não podemos esquecer que há aqui uma escola de formação com resultados muito positivos”.

Na sua opinião, o setor privado tem de ser motivado pelas instituições a colaborar com a quota-parte daquilo que lhe pertence, mas não pode ser a força motriz do setor. “Eu não quero que o Estado faça hotéis, nem fábricas. Eu queria é que o Estado criasse departamentos para motivar todos esses empreendimentos ao desenvolvimento nos diversos setores da vida nacional”, diz o empresário.

José Ramos, continuador do projeto do pai,  afirma que o investimento privado, os incentivos e os benefícios fiscais, são suficientes para ajudar os verdadeiros empreendedores a iniciarem projetos de qualidade, no entanto, é perentório ao afirma que, “apesar do Estado ter fomentado comparticipações simpáticas e importantes, ainda encontramos muitas dificuldades nos diversos departamentos, e que colocam em causa todo o esforço do Estado para agilizar os processos burocráticos.”

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Guest House Praia

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Dizem os entendidos que os hotéis, para serem rentáveis têm de oferecer o maior número de quartos possível. O empreendedor Custódio Ramos explica que não se pode comprar um terreno de 500 metros numa cidade como Nova Iorque, Paris ou Lisboa para fazer um hotel, porque o preço do terreno é muito elevado para construir apenas 40 quartos, “mas se construir num sitio onde o terreno é barato, já se pode fazer um hotel de 40 quartos – eu fiz 50 quartos por causa do preço do terreno, pois um hotel até pode ser rentável com 30 quartos”, confessa, “tudo depende do custo inicial da construção e dos preços que se vão praticar. Os hotéis na Praia são caros, porque têm qualidade.”

A quantidade de estabelecimentos é proporcional há quantidade da procura que existe. “A população flutuante com poder de compra nesta cidade é de 200 pessoas, portanto há quartos suficientes. Não podemos fazer hotéis apenas para quando houver um congresso. O turismo é que vai ditando se há necessidade de se fazer mais um hotel”, afirma José Ramos.

Custódio Ramos, alerta para o investimento atípico que o país está a fazer no setor do turismo, afirmando que, “existem países com muito turismo, mas apenas como complemento financeiro para a sua estrutura orçamental. Atualmente, em Cabo Verde, esta-se a apostar apenas no turismo e não há nenhum país que viva só disso.”

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Guest House Praia

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Para o hoteleiro, “Cabo Verde precisa também de apostar em núcleos diversificados, tais como a cultura, visto que é um país de bons escritores, bons poetas e que, apesar de ter uma história recente, é uma história bonita, sofrida e interessante.”


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Comentários

  1. Talvez se tenha esquecido do se amigo Solnado que ele embarretou e bem tambem com um Hotel nas Caldas da Rainha.
    Quanto a batata frita …apareceu-me na Inglaterra onde eu residia. Ficou em mimha casa e is montar fabrics de corn flakes. Disse-lhe que ia dar furo (era demasiado cedo ) convencio a ir pra batata frita e ate o pus em cotacto com os fabricantes de maquinaria em segunda mao para prodizir Pala Pala. Nunca tive um onrigado e ainda por armou-se em geni e que ele e que teve a ideia.
    Quem o conheceu em Mocambique
    diz que ele e dois irmaos roubavam jantes e rodas de automoveis .
    Ha muito mais acerca deste meu primo afastado que se arma em empresario com o dinheito fos outros. Um safado.

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