30 Dez 2012
Carlitos Fortes – Continuar a liderar o setor petrolífero nacional
[su_spacer]
Carlitos Fortes, natural de Santo Antão, licenciado em economia pela Universidade de Kiev e pós graduado em gestão de empresas pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, após vários anos a gerir empresas privadas nacionais, encontra-se há quatro anos à frente dos destinos da ENACOL. Apesar da atual crise financeira mundial e dos grandes planos e desafios que o governo cabo-verdiano tem para o setor, Carlitos Fortes é um homem confiante no futuro da ENACOL.
[su_spacer]
A ENACOL foi fundada pelo governo cabo-verdiano em 1979, em plena crise energética mundial. O seu grande objetivo era evitar a especulação dos preços dos produtos petrolíferos no mercado nacional, controlar os custos de abastecimento ao país, alargar a rede de abastecimento nacional, aumentar as vendas de combustíveis à industria marítima que escalava o Porto Novo, na ilha de São Vicente e contribuir para o aumento de tráfego do aeroporto Amílcar Cabral.
Passados mais de trinta anos após a sua criação, a ENACOL assume-se como empresa líder do setor petrolífero em Cabo Verde.
Atualmente, como é feito todo o processo de aprovisionamento dos combustíveis em Cabo Verde, por forma a que consiga responder, em tempo útil, às necessidades do mercado?
Normalmente lançamos concursos e privilegiamos trabalhar com fornecedores credíveis, de modo a garantir uma regular distribuição dos produtos. A programação é feita com base no período de um ano, com revisões trimestrais, e para prevenir os efeitos de variação do mercado, são consideradas sempre determinadas variáveis, que nos permitem ajustar as nossas encomendas e aprovisionamento, às vendas, tanto ao nível do mercado interno como também no mercado de reexportação.
[su_spacer]
[su_spacer]
Quais os grupos de clientes que fazem parte da carteira da ENACOL e que assumem um maior peso na atividade da empresa?
No mercado interno, o nosso maior cliente é a ELECTRA, que, por si só, é um setor da economia cabo-verdiana. Esta empresa é responsável pela produção da eletricidade e água que se consome no país. Fora de Cabo Verde, há empresas que se tornaram também excelentes clientes, nomeadamente a TAP a TAAG e a GALP. Estas empresas operam na aviação e na marinha, dois grandes segmentos de mercado, com vertente externa.
O mercado da distribuição em Cabo Verde é disputado por dois operadores. Como classifica esta coabitação? Está equilibrada ou há grandes diferenças em termos de oferta entre os dois operadores?
Em termos de oferta de produto, não há grandes diferenças, pois acabamos por dispor dos mesmos produtos, contudo, para promover a eficiência nas importações, temos um acordo de importação conjunta. Também o processo de aprovisionamento é feito em conjunto. Desta forma, asseguramos que todo o volume de importação de combustíveis para Cabo Verde, aumente a sua magnitude, o que faz com que os preços de aquisição sejam mais baixos.
[su_spacer]
[su_spacer]
A forma como ambas as empresas servem o mercado é que faz a diferença. Com políticas de gestão distintas, redes de relações diferentes, isto tudo determina que o peso de cada uma no mercado seja naturalmente diferente. No passado, a nossa concorrência sempre teve uma fatia maior do mercado, no entanto, desde há três anos a esta parte, a ENACOL tem atingido de forma inequívoca a liderança.
Ao nível do retalho, nomeadamente na distribuição nos postos de combustível para a circulação rodoviária, há também essa liderança por parte da ENACOL ou é uma área mais equilibrada?
Sim, o mercado está equilibrado. Poderá haver, num ou noutro lugar, alguma diferença quanto ao número de postos de abastecimento, mas, na generalidade, há um equilíbrio nessa área do negócio. A nossa concorrência é mais antiga no mercado do que a ENACOL, no entanto temos vindo a fazer um grande esforço para disponibilizarmos postos de combustível em todos os pontos essenciais do país.
Cabo Verde tem estado a evoluir para uma estratégia de criação de clusters por atividade económica, nomeadamente o cluster do ar e do mar. Recentemente, através do Centro de Negócios Internacionais, o governo fez sair uma legislação específica para o setor petrolífero – O Sistema Nacional Petrolífero. Qual a sua opinião sobre a nova legislação?
Nos últimos dois anos, foi publicado um conjunto de Diplomas legais que visa regular o sector petrolífero, com especial atenção para questões de segurança, ao nível das instalações e dos postos de combustíveis. Outras questões relevantes caracterizam a nova legislação, designadamente, a obrigatoriedade de constituição e manutenção de reservas de segurança de produtos de petróleo, sendo um terço dessas reservas mantido como estratégicas.
[su_spacer]
[su_spacer]
Dentro do limite da nossa capacidade instalada, naturalmente que procuramos satisfazer estas exigências, no entanto temos consciência de que este novo quadro legal irá obrigar-nos a reforçar um ou outro sector. É importante ter em conta a dimensão do país, as suas reais necessidades e o que ele consegue suportar sem perder competitividade. Na nossa realidade económica, o combustível acaba por ser um dos factores mais importantes para essa competitividade. Todavia, encaramos esta nova legislação como um desafio e oportunidade para o crescimento e melhoria do sector.
Cada vez se fala mais, a nível mundial, de energias alternativas. Neste cenário, quais são os planos da ENACOL para acompanhar esta tendência geral?
Temos que segmentar a nossa atividade. É óbvio que as novas fontes energéticas constituem uma ameaça a um segmento concreto do nosso negócio enquanto fornecedores de energia convencional, mais especificamente ao do da produção elétrica e de água. Todos os outros segmentos – a aviação, a marinha e os transportes rodoviários – não são, por enquanto, ameaçados por estas energias alternativas. No seu conjunto, estes segmentos representam uma fatia muito maior que a da produção da energia e água. Mesmo que venhamos a ter um país 100% “limpo” em matéria de produção de eletricidade e água, o mercado da aviação, da marinha e rodoviário vai, inevitavelmente, continuar a crescer, o que acaba por criar um contrapeso a essa eventual mudança na produção elétrica e de água.
O potencial de crescimento do mercado não é no segmento produtivo, mas sim, nos segmentos onde o governo tem apostado, isto é, no do cluster do mar e nos aero negócios. Nestes setores, os combustíveis assumem um papel de extrema importância, sendo mesmo decisivos na afirmação desses clusters. Não há cluster do mar se não houver um bom abastecimento à marinha, assim como, ao nível dos aeroportos, se não existir um bom abastecimento de combustível aos aviões comerciais, será impraticável a implementação dos aero negócios, daí que as energias renováveis sejam uma grande oportunidade para as petrolíferas crescerem e se diversificarem e eventualmente se alinharem com o que serão os objetivos do país em termos energéticos, mas nunca serão uma ameaça à nossa atividade.
Na estratégia da criação dos clusters, quais as ilhas estrategicamente mais importantes na implementação do aprovisionamento de combustíveis?
Tal como no resto do mundo, em Cabo Verde, o sector petrolífero acompanha as infraestruturas existentes. Se é em São Vicente que existe o Porto Grande, será em São Vicente que será instalada a infraestrutura de abastecimento que servirá a marinha. Quando o país decidiu que o aeroporto internacional se iria localizar na ilha do Sal, foi aí que construímos as nossas instalações para o abastecimento dos aviões. Da mesma forma, quando se decidiu que o país deveria basear a sua estrutura de gás na cidade da Praia, foi na cidade da Praia que implementámos a nossa infraestrutura para esta área de atividade. Por isso, não são as petrolíferas a determinar quais são as opções de desenvolvimento; apenas se limitam a acompanhar as estratégias definidas para o desenvolvimento do país.
Contudo, também é verdade que o mercado acaba por adoptar determinadas dinâmicas às quais não podemos ficar indiferentes. Tem-se assistido a um desenvolvimento do país, mais concretamente em Santiago, diferente do que eventualmente estaria projetado há dez ou vinte anos atrás, o que implica adaptações à situação de hoje de modo a garantir o acompanhamento. Em consequência temos vindo a adequar as nossas instalações a estas dinâmicas do mercado, por forma a que, paulatinamente, esta ilha possa assumir em pleno o papel que merece ao nível do aprovisionamento de combustíveis. No entanto, como facilmente se entenderá, qualquer instalação tem custos de efetuação elevadíssimos, como tal, não podemos estar a duplicar instalações em função das flutuações dinâmicas do mercado. Possuímos instalações primárias em São Vicente para o fuel e o gasóleo, temos instalações primárias no Sal para o jet e instalações primárias para o gás butano na Praia.
[su_spacer]
[su_spacer]
O que está pensado é que, a médio prazo, venhamos a ter na Praia uma capacidade local para rececionar produtos importados para servir o mercado interno, nomeadamente fuel para produção de energia e água. Já dispomos de uma capacidade interessante, contudo, temos de aguardar até que o porto da Praia tenha capacidade para receber navios adequados para o transporte desses produtos. A partir do momento em que o porto da Praia tenha essa capacidade, permitindo que os navios efectuem descargas diretas, nessa altura iremos também ter condições para operar com os nossos navios e reduzir alguma ineficiência que sentimos no mercado interno.
Cabo Verde está estrategicamente posicionado no Atlântico Médio, com o potencial de se transformar num hub eficaz no fornecimento de combustíveis entre o Norte e o Sul. O que pensa se tivesse que equacionar esta possibilidade?
Num cenário desses, Cabo Verde voltaria ao papel importantíssimo que teve no passado. Toda a nossa estratégia está assente no que antigamente já foi feito. O Porto Grande foi um dos principais portos carvoeiros do mundo e, em determinadas fases da nossa história, assumiu um papel importantíssimo no abastecimento à marinha mercante. O Porto Grande é um dos portos com as melhores condições naturais: possui uma profundidade excelente para a atracagem de qualquer navio, não sofre de assoreamento e tem uma proteção natural dado pelo relevo de São Vicente e pela cadeia montanhosa da ilha vizinha de Santo Antão, que funciona como barreira natural. No passado, ao nível do abastecimento de combustíveis, tivemos um papel muito importante no Atlântico Médio, e o que se pretende é resgatar essa importância.
E a ENACOL está preparada para enfrentar esse novo desafio?
Temos todas as condições para voltarmos a assumir esse papel de relevo. Agora também temos a noção que há que realizar todo um trabalho de promoção e marketing para atrair o setor marítimo e precisamos de ter preços mais competitivos com um ambiente de negócios estruturado ao nível de São Vicente e do Porto Grande, capaz de servir a marinha internacional.
O potencial de mercado que temos a meio dia de distância de Cabo Verde é superior a um milhão de toneladas. Por isso, temos de poder captar uma parte desse mercado.
E o Porto Grande, tem essa capacidade para a captação de novos e potenciais clientes?
No que diz respeito às operações da ENACOL, o Porto Grande é perfeito, no entanto, também temos a noção que para cativar outro tipo de clientes marítimos, há necessidade de alguns investimentos nas infraestruturas portuárias, por forma a angariar um tráfego cativo. Temos a concorrência direta do porto de Dakar, contudo, a única vantagem de Dakar relativamente ao Porto Grande é precisamente esse tráfego cativo. Há navios que necessariamente têm de ir a Dakar, o que faz com que, forçosamente tenham de fazer lá o seu abastecimento. Por isso, se o porto se expandir podendo assim atrair outro tipo de tráfego, tal como o transbordo de contentores e de pescado e evoluir na possibilidade de prestar mais serviços à marinha mercante, conseguiremos atrair mais navios e consequentemente, faremos crescer a economia nacional, com benefício direto para a ENACOL.
[su_spacer]
[su_spacer]
A falta dessas infraestruturas faz com que algumas operações tenham que ser realizadas offshore. Existem dificuldades nas operações de trasfega e cabotagem que se realizam no abastecimento em Cabo Verde?
Não existem dificuldades de maior. Por vezes, as que existem são motivadas por contingências em determinados portos e em certas alturas do ano, devido a calemas e outros fenómenos naturais que influenciam o decorrer das operações. Tais condicionantes acabam por acarretar algumas ineficiências em determinadas operações, com inevitáveis custos financeiros que, em última análise, acabam por ser transferidos para os consumidores finais. Apesar destes constrangimentos, tem-se feito um esforço considerável na melhoria dos portos em todas as ilhas, o que tem facilitado as nossas operações. Há, porém, mais concretamente no Sal, alguns investimentos que ainda têm de ser feitos, especialmente a expansão do porto e a implementação de novas instalações para a descarga do jet.
A questão dos calados dos portos é também um fator vital para a nossa atividade, pois deste fator depende o tipo de navios que neles podem atracar. Neste momento, descarregamos em boias, tanto no Sal como em São Vicente. Este tipo de operação tem satisfeito as nossas necessidades, pelo que a questão do calado dos portos não é para nós uma condicionante prioritária.
No entanto, essa operação de descarga com o recurso a boias, acaba por ter custos muito elevados o que, inevitavelmente se vai refletir nos preços finais ao consumidor.
Sim, além do frete do navio e das taxas portuárias, temos que contabilizar essa operação de descarga, no entanto, o peso maior é o do próprio produto. O custo do produto representa em média 80% do custo final no mercado interno.
Acha que o preço do combustível é competitivo face às necessidades do país?
Cabo Verde é um país com as suas especificidades, pequeno e insular, onde o aprovisionamento e a distribuição inter-ilhas são complexos. Tudo somado, acaba por acarretar custos enormes ao produto e esses custos são, naturalmente, refletidos no preço final ao consumidor. Contudo, procuramos praticar preços que estejam ajustados à nossa realidade, até mesmo porque quem determina e regula os preços no mercado interno é a Agência de Regulação Económica. Somos uma empresa que procura sempre fazer as suas operações da forma mais eficiente possível, acreditando que há sempre espaço para melhorar.
É possível praticar preços mais baixos no mercado dos combustíveis em Cabo Verde?
É sempre possível, no entanto a política de preços dos combustíveis é uma matéria da responsabilidade do governo e não dos operadores. A própria estrutura de preços dos combustíveis em Cabo Verde é pública e ainda recentemente foram publicados os custos de cada um dos componentes que formam o preço final, tais como a componente de custo do produto, da logística, da distribuição e da componente fiscal, que tem um peso muito grande na nossa economia. Cabe pois ao governo fixar esta estrutura de preços, tendo em conta de antemão que existem custos que não podem ser contornados.
[su_spacer]
[su_spacer]
Em parte alguma do mundo, a matéria fiscal é consensual. Acha que o regime especial aplicado ao setor petrolífero em matéria fiscal deveria ser mais benéfico ao consumidor?
O que posso afirmar é que o regime fiscal poderia ser diferente e que esse regime poderá ser mais ou menos competitivo. Podemos ter regimes que privilegiem ter o produto mais barato e outros cuja carga fiscal o tornam mais oneroso. O regime atual que temos em Cabo Verde é considerado por muitos como extremamente pesado para o consumidor final, contudo, também não existem muitos países onde a carga fiscal sobre os combustíveis não seja elevada. Tal deve-se ao facto de os combustíveis serem entendidos como um produto com elevada “elasticidade”, capaz de suportar grandes cargas fiscais. Não seria possível aplicar a mesma carga fiscal, por exemplo, na água ou na eletricidade. Porém, se quisermos aumentar a competitividade do país, eventualmente teremos que equacionar a redução da matéria fiscal sobre os combustíveis, mas isso é matéria da exclusiva responsabilidade do governo e nunca dos operadores.
Mais concorrência, inevitavelmente conduz a uma maior oferta e competitividade entre operadores. Via com bons olhos a entrada de mais operadores petrolíferos no mercado nacional, capazes de elevar o nível de competitividade do país?
No nosso caso, não é tanto uma questão de mais operadores, mas sim, uma questão de escala, pois aquilo que são as nossas margens face ao custo do produto, não permitem grandes ajustamentos. As quantidades por nós importadas são muito inferiores às quantidades importadas, por exemplo, por Dakar. No entanto, se houvesse mais um concorrente que trouxesse consigo mais mercado, aí o cenário seria diferente. Neste momento, o que é essencial é aumentar o mercado. Dilatando este mercado, naturalmente haverá uma diminuição dos preços por função do aumento de escala.
Todavia, há um aspeto que não pode ser esquecido: é que é fundamental oferecer outros serviços para além dos combustíveis. Estes serviços complementares têm de poder atrair mais navios, e tais serviços complementares já não dependem da ENACOL. Quando um navio chega a um porto, ele necessita de muitos outros serviços para além do combustível: precisa de alimentos, medicamentos, equipamentos, de reparações mecânicas, elétricas, certificações e muitos outros serviços. Ora, se esses consumidores chegam até nós, temos de ter capacidade de aproveitar essa oportunidade e fornecer-lhes os serviços que necessitam, pois quanto mais serviços pudermos disponibilizar, mais valor acrescentado podemos usufruir. Atualmente, a estratégia do governo passa precisamente por estruturar o hipercluster do mar, onde possamos prestar esse tipo de serviços e com ele obtermos muito mais valor acrescentado.
Numa perspetiva de crescimento da ENACOL, considera que os recursos humanos atualmente existentes na empresa são suficientes para a sustentabilidade competitiva no futuro?
Em termos de recursos humanos, a ENACOL possui uma estrutura bastante sólida e estável. Dispomos de um grupo de profissionais altamente capacitados, apesar de sentirmos que, em algumas áreas, eventualmente necessitarmos de novas competências. O mercado é dinâmico e nenhuma empresa se esgota no seu quadro de pessoal. Há sempre necessidade de renovar e melhorar as competências internas, por isso, apostamos fortemente no aperfeiçoamento e melhoria das aptidões dos nossos colaboradores. Acredito que temos uma estrutura capaz de dar resposta às necessidades de crescimento e desenvolvimento da empresa. Todos os quadros da ENACOL são exclusivamente nacionais, o que é um motivo de orgulho para nós.
[su_spacer]
[su_spacer]
Quer na ENACOL, quer na nossa concorrência, não existe nenhum quadro estrangeiro, apenas existem recursos cabo-verdianos. Tal facto é consequência direta de, desde sempre, o setor petrolífero ter sido, por parte de todos os governos cabo-verdianos, sempre bem pensado e estruturado. Não obstante o país ter-se vindo a desenvolver em várias áreas, o setor petrolífero sempre teve o seu lugar estratégico na política de crescimento nacional. Como consequencia desta estratégia, sempre houve uma aposta em capacitar as empresas e pessoas que operam nesta área. Como tal, nunca tivemos necessidade de recrutar pessoas fora de Cabo Verde.
Quais são as políticas e preocupações ambientais da ENACOL?
São todas as que comporta o nosso quadro legal, acrescidas das que a ENACOL, por iniciativa própria, decidiu implementar. A ENACOL opera numa área de negócio que está sujeita a uma pressão social muito grande. Temos plena consciência dos riscos que a nossa atividade encerra e, como tal, não podemos menosprezar o que tem a ver com a segurança ambiental.
Para nós, a componente da segurança é fundamental. Quando falamos em segurança, estamos a falar na segurança das pessoas, mas também da segurança ambiental, pois ao mínimo desastre, a empresa simplesmente deixaria de existir. Como tal, reservamos recursos importantíssimos para satisfazer as necessidades de segurança. Através de treinos constantes do nosso pessoal, formamos e impomos regras e procedimentos internos claros e rigorosos.
Quais os planos a implementar na estratégia da ENACOL?
Os nossos planos estão perfeitamente alinhados com a estratégia do governo para o futuro do país. Pensamos que será pela via do bunkering para o mercado externo que registaremos um crescimento acima do ritmo de crescimento nacional. Para o mercado da aviação, pretendemos igualmente crescer, mas tal requer outro tipo de estratégia com um maior grau de dificuldade.
Qualquer empresa tem por objetivo crescer acima do crescimento do país e essa é também a nossa ambição para o futuro da ENACOL.