Caboverdediving – Experiências únicas nos  fundos marinhos da Ilha do Sal
30 Mai 2013

Caboverdediving – Experiências únicas nos fundos marinhos da Ilha do Sal

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Em comum têm o fascínio pela vida subaquática. Instrutores experientes e conhecedores de mares de todo o mundo, reuniram-se num projeto pleno de emoções: dar a conhecer a quem visita o Sal a fabulosa e riquíssima fauna marinha que habita os mares cabo-verdianos.

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Mergulhar nas águas oceânicas e cristalinas de Cabo Verde é entrar num maravilhoso mundo de cor e emoção, numa mistura entre o tropical e o mediterrânico. Para Leo Saldunbides, instrutor profissional de nacionalidade brasileira que trabalha em Cabo Verde desde 2009, “o melhor mergulho ainda está para vir, mas os que se realizam em Cabo Verde têm a particularidade de serem bastante desafiadores. Apesar da visibilidade ser muito boa e a temperatura do mar ser agradável mesmo no inverno, é um local que exige bastante técnica, devido algumas vezes termos  correntes marítimas que se fazem sentir”, refere o instrutor.

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Leo Saldunbides

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Quem mergulha em Cabo Verde certamente não fica arrependido. A vida marinha é extraordinária. Pode-se encontrar espécies mediterrânicas junto com espécies tropicais, o que torna os mergulhos bastante interessantes. Avistar tartarugas, mantas, raias e tubarões baleia é algo comum, mas sempre muito emocionante, principalmente para quem mergulha pela primeira vez, por isso, não há ninguém que fique desiludido.

Romina Andreini, instrutora certificada desde 2001 pela PADI – Professional Associations of Diving Instructors e proprietária do Centro de Mergulho cabovervediving, é uma profissional satisfeita com o interesse que a atividade de mergulho recreativo desperta, quer nos turistas, quer nos mergulhadores mais experientes que visitam a Ilha do Sal. “Em época alta, são essencialmente europeus que se encontram de férias e que pretendem experimentar algo novo. Na época baixa, recebemos muitos grupos de mergulhadores experientes provenientes da Europa”, refere a instrutora.

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A caboverdediving possui dois Centros de Mergulho localizados no hotel Meliã Tortuga Beach e no Vila do Farol Hotel. Ambos os Centros estão defronte ao mar, o que é sempre inspirador para se iniciar a prática da modalidade.

Como refere o instrutor Leo Saldunbides, “na caboverdediving ministramos cursos de vários níveis, conforme o grau de capacitação pretendido pelos nossos alunos. Estes cursos, vão desde o mais básico até ao nível profissional. O Scuba Diver, que é um curso de dois dias, habilita o aluno a mergulhar até uma profundidade de doze metros, desde que acompanhado por um guia profissional. Este é o curso que, entre os turistas, tem mais aceitação. Depois temos o Open Water, que é um curso mundialmente famoso com uma duração média de quatro dias e que habilita o mergulhador a atingir a profundidade até dezoito metros. Todos os nossos cursos são certificados pela PADI – Professional Association of Diving Instructors International.”

Para frequentar qualquer um dos cursos ministrados pela caboverdediving apenas é necessário estar-se de boa saúde física. Há, no entanto, algumas doenças limitadoras, tais como a epilepsia, a asma crónica e as doenças cardiovasculares. Nestes casos, é sempre necessária uma prévia avaliação e autorização médica antes de se iniciar o curso.

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Outra das atrações que cativam mergulhadores experientes e iniciados são os naufrágios. Em 2006, numa parceria entre a Câmara Municipal do Sal e um outro Centro de Mergulho de Santa Maria, foi afundado um navio pesqueiro que faz as delícias dos mergulhadores, pois criou um recife artificial que atrai imensa e variada vida marinha. Esse naufrágio está atualmente a ser estudado por pesquisadores e cientistas portugueses que, pelo menos uma vez por ano, visitam o Sal para registarem a evolução do desenvolvimento da fauna subaquática em seu redor.

Quem prefere a vida marinha, encontrará no encontro com as tartarugas, as raias e tubarões baleia motivos suficientes para procurar mais. Tal como diz Leo Saldunbides, “quando se nada ao lado destas criaturas, fazemos parte do seu mundo que, na realidade, é totalmente diferente daquele a que estamos habituados e isso é algo fascinante para quem mergulha pela primeira vez. O mais gratificante da profissão é podermos ver o turbilhão de emoções que muitos alunos manifestam ao regressarem do seu primeiro mergulho. É muito satisfatório para qualquer profissional.”

Por norma, os alunos que vão iniciar os cursos e que nunca anteriormente mergulharam, não têm ideia do que vão encontrar. Por este motivo, a caboverdediving proporciona provas gratuitas antes do início dos cursos. “Temos contratos com vários hotéis da ilha em que as provas gratuitas que efetuamos fazem parte do pacote de entretenimento oferecido pelas unidades hoteleiras. Após os clientes experimentarem e constatarem que gostam, então iniciamos o curso”, explica Romina.

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O mergulho de recreio não é uma atividade barata. Tal como refere a proprietária da caboverdediving, “manter as embarcações sempre prontas a operar não é propriamente fácil. O custo dos combustíveis é muito elevado. Todos os equipamentos têm custos elevados e é uma atividade em que a totalidade dos recursos necessários à sua prática têm de ser importados. Tal como em outros locais do mundo, importar alguma coisa em Cabo Verde tem muitos custos que, obviamente, se irão refletir nos custos finais dos produtos e serviços praticados aos clientes”, diz Romina Andreini.

O tempo médio de um mergulho varia em função das características físicas do mergulhador e principalmente da profundidade a que se mergulha. Num batismo de mergulho, por exemplo, em que a profundidade máxima é de 12 metros, “raramente se ultrapassa a meia hora ou 35 minutos. Este tempo pode ser encurtado se se atingir a reserva mínima de segurança de pressão na garrafa de quem mergulha, que é normalmente de 50 bar para os mergulhos rasos, até aos dezoito metros de profundidade”, refere o instrutor Leo Saldunbides.

A época de maior atividade dos Centros de Mergulho da caboverdediving coincide com a época alta do turismo na ilha, precisamente em julho e agosto, que é o período balnear europeu por excelência. Nessa altura, são realizados em média três mergulhos diários. Por vezes, e se as condições o permitirem, pode mesmo realizar-se um mergulho noturno, que é uma experiência para os mergulhadores mais avançados testarem as suas capacidades de orientação e destreza.

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Não são só os turistas que procuram os cursos da caboverdediving, também os que pretendem formação para instrutores procuram os serviços do Centro de Mergulho. A formação de instrutores tem sido uma das grandes apostas da empresa. Conforme diz Leo Saldunbides, “há já alguns profissionais cabo-verdianos que iniciaram a sua atividade aqui na escola. Começaram pelo curso básico e posteriormente alcançaram a profissionalização”. Depois de obterem o certificado de primeiro nível como profissionais de mergulho – o PADI DIVEMASTER, podem completar a sua formação como instrutores, curso que é administrado em várias partes do mundo periodicamente por formadores de instrutores PADI – Course Directors e examinados pela PADI International. Posteriormente podem exercer a atividade de instrutores noutros pontos turísticos de Cabo Verde como, por exemplo, na Boa Vista, no Maio, no Sal ou em qualquer parte do mundo.

Consciencializar os alunos para as boas práticas ambientais é outra das funções do Centro de Mergulho da caboverdediving. Tal como refere Leo Saldunbides, “todo o crescimento e desenvolvimento que se tem vindo a registar nos últimos anos na Ilha do Sal deveria progredir em simultâneo com a consciencialização, a regulamentação e a supervisão das boas práticas ambientais por parte das autoridades competentes”, e adianta que, “é fundamental uma regulamentação eficaz, uma fiscalização séria e atenta, mas acima de tudo, uma consciencialização muito forte por parte dos operadores turísticos, para a sustentabilidade ambiental dos seus projetos. Se tudo funcionar harmoniosamente, é possível que o turismo não se torne invasivo nem causador de danos nos frágeis ecossistemas ambientais da ilha. A nossa obrigação perante aqueles que frequentam os nossos cursos é consciencializá-los para a importância desta responsabilidade, não apenas em terra, mas também nos mares e oceanos em que mergulhamos, pois no mar, os únicos invasores somos nós. Como convidados que somos de um mundo maravilhoso e fascinante, temos de saber respeitar o meio ambiente para o qual fomos convidados”, conclui.

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A pensar na problemática da sustentabilidade ambiental, o Centro de Mergulho caboverdediving organiza, uma vez por ano, a recolha de detritos e lixo abandonado nas praias e mares de Santa Maria. Como alerta Romina Andreini, “há ainda uma enorme lacuna ao nível da educação ambiental, que é um tema que deveria ser tratado com mais rigor e responsabilidade por parte de todos os governos mundiais, pois trata-se de preservar e cuidar da nossa casa comum. Há imensos lugares do mundo em que o turismo é rentável e autossustentável; onde os impactos ambientais decorrentes da atividade turística são mínimos. O que nós pretendemos é que esses modelos sejam transferidos também para Cabo Verde, para que todos possamos continuar a usufruir das belezas únicas e singulares que continuam à espera de serem descobertas nos mares deste fascinante e atrativo arquipélago».


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