30 Nov 2013
Adalberto Silva “Betú” – Perpétua paixão pela Ilha do Maio e por Cabo Verde
Nasceu em 1961 na Vila do Porto Inglês, Ilha do Maio, onde permaneceu até ingressar o ensino secundário, na Praia. Considerado como um dos melhores compositores de mornas da nova geração, “Betú” concluiu a sua licenciatura em Economia na Universidade do Porto, em Portugal. A música sempre fez parte da sua identidade. Compor e escrever para a morna cabo-verdiana sempre lhe esteve no sangue. De presidente do conselho de administração do Banco Comercial do Atlântico a administrador do Banco de Cabo Verde, Adalberto Tavares Silva considera-se um homem eternamente apaixonado pela sua ilha, por Cabo Verde e pela cultura do seu país.
[su_spacer]Desde jovem que se interessou pela causa pública. Ainda durante os tempos do liceu, Adalberto Silva revelou um grande interesse pelas questões sociais e na defesa dos interesses dos mais desprotegidos. Integrou a causa pública na altura de mudança de regime, o que fez com que acabasse por se envolver politicamente reclamando a melhoria de condições de vida nas comunidades da Ilha do Maio e no país.
Quando concluiu a licenciatura em Economia pela Universidade do Porto, em Portugal, Adalberto Silva decidiu contribuir para o sonho de construir um Cabo Verde próspero, onde todos os cabo-verdianos se revissem como o país tão fervorosamente ansiava, iniciando a sua vida profissional como técnico no Banco de Cabo Verde que, na altura, era o único banco do país.
A estadia naquela instituição, permitiu-lhe conhecer o sistema para a sua posterior contribuição na estratégia de transição do sistema bancário nacional, que iria passar de um sistema de banco único para um sistema multibancário. Depois, quando o Banco de Cabo Verde assumiu a função de regulador do setor, assumiu a parte de supervisão do sistema, que na altura era uma novidade, acabando por se tornar administrador no Banco Central.
A crise económica internacional e o impacto no desenvolvimento do país
Para o economista, a crise económica que Cabo Verde hoje atravessa, pouco está relacionada com a crise financeira internacional. Segundo o gestor, “a crise internacional não poderia ter grande impacto no sistema financeiro nacional uma vez que somos um mercado muito pequeno. Apesar de sermos uma economia aberta, é uma economia que não vende para o exterior, à exceção do setor do turismo que agora está a começar.Por este motivo não poderíamos nunca ser fortemente afetados. Sentiu-se no domínio das ajudas externas internacionais, que também elas já vinham a registar uma tendência de diminuição pelo facto do país ter passado para o patamar de médio desenvolvimento. Como tal, neste momento, a crise que Cabo Verde atravessa tem pouco a ver com a crise internacional. É mais uma crise da nossa responsabilidade. Acho que não estamos a aproveitar bem as oportunidades que têm surgido para o país. Apesar do Governo querer passar a mensagem que a culpa da crise nacional é da conjuntura internacional, tal não é verdade. O facto de a economia cabo-verdiana estar a crescer a taxas muito baixas deve-se às políticas próprias que o país tem desenvolvido e que não lhe permitem crescer com um outro ritmo”, afirma.
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A solução para o fraco crescimento registado atualmente no país reside, segundo o economista, na “aposta no setor privado como motor para alavancar a economia nacional”, e justifica afirmando que, “todos os projetos de desenvolvimento nacionais têm sido elaborados na ótica de uma economia estatal, não se apostando no setor privado. Todos esses projetos só são possíveis de desenvolver com os privados, como tal, enquanto não se apostar seriamente no setor privado, todos esses projetos não passarão de boas intensões, condicionando definitivamente o desenvolvimento do país.”
“Cabo Verde é um país que não tem muito para vender. Por isso temos de aproveitar tudo o que temos para oferecer, agarrando as oportunidades que nos aparecem. O turismo é o que de imediato e com menos esforço podemos vender, como tal, desejo que saibamos captar e atrair novos e potenciais mercados para assim, e através do turismo, desenvolvermos o país”, deseja o gestor.
Ilha do Maio: o desenvolvimento adiado
Ansiosamente a aguardar por este desenvolvimento que tarda em chegar, estão todos os maienses. Um dos problemas que sempre afetaram o desenvolvimento do Maio é o seu relativo isolamento, muito devido à falta de transportes regulares. Tal como afirma, “contrariamenteàs outras ilhas planas orientais, nomeadamente o Sal e a Boa Vista, a Ilha do Maio ainda não arrancou com o seu desenvolvimento no setor do turismo precisamente devido às dificuldades de transporte para a ilha, quer seja ao nível do transporte aéreo quer mesmo no que diz respeito ao transporte marítimo. À semelhança do que aconteceu com a Boa Vista, que nos últimos anos deu um grande salto no seu desenvolvimento devido à construção do aeroporto internacional, espera-se que o Maio, para poder continuar a perseguir o seu plano estratégico de desenvolvimento turístico, siga o mesmo caminho. É por isso necessário que sejam criadas melhores condições de acessibilidade à ilha: um porto com melhores condições e com ligações marítimas mais frequentes e regulares e um aeroporto capaz de responder aos desafios de hoje e amanhã”, afirma o economista.
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A irregularidade e a pouca frequência dos transportes marítimos para o Maiotêm, sem dúvida, caucionado o desenvolvimento económico da Ilha. Para estimular o desenvolvimento económico do Maio, diversos produtos do setor agropecuário poderiam ser escoados para Santiago, a ilha mais próxima, contudo, esta falta de regularidade e a demora no transporte, inviabilizam qualquer tentativa de alavancagem do setor na ilha. Também ao nível dos transportes aéreos, a baixa frequência e a irregularidade dos voos têm contribuído para que o turismo não tenha maior expressão. Este é um fator crucial para o desenvolvimento turístico do Maio, uma vez que, “segundo o Plano de Desenvolvimento Turístico para a ilha, conta-se no futuro com um fluxo semanal de milhares de turistas. Sem equipamento aeroportuário adequado, esse Plano de Desenvolvimento é impossível de ser concretizado, pois não é através do transporte marítimo que se irá fazer chegar até ao Maio esse fluxo de turistas, fundamentais para o desenvolvimento da ilha e do país”, alerta o gestor.
Apesar deste relativo isolamento dos centros de decisão, a Ilha do Maio tem registado algum desenvolvimento, sobretudo quando comparado com o início da década de 90. Tal como recorda o maiense, “sobretudo nestas últimas duas décadas, o Maio melhorou significativamente as condições básicas de vida das suas populações. Anteriormente havia muitas dificuldades de toda a ordem: energia, ligação de água potável, condições de saúde, etc. Nestes últimos vinte anos temos de admitir que o Maio se desenvolveu. É evidente que as expectativas que se criam exigem sempre mais e a fasquia tem sempre sido colocada muito alta, com muitas promessas baseadas nas grandes potencialidades que a ilha oferece. Por isso, sempre se esperou mais. Agora com a expectativa à volta do setor do turismo em que, a população do Maio espera vir a atingir o desenvolvimento já registado nas outras ilhas planas, nomeadamente as do Sal e da Boa Vista. Apesar desse desenvolvimento baseado no setor turístico ainda não ter arrancado em pleno na ilha do Maio, há, de facto, muita expectativa.”
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Ainda que o setor do turismo contribua decisivamente para o PIB cabo-verdiano, Adalberto Silva é da opinião que “Cabo Verde está num período de experimentação sobre a melhor forma de explorar o potencial turístico que tem”, e adianta que, “somos um arquipélago constituído por várias ilhas em que cada uma apresenta as suas especificidades e características, contribuindo desta forma para uma oferta turística diversificada. Penso que as ilhas orientais planas, apresentam produtos semelhantes, isto é, sol e praia mais vocacionado para o turismo de massas; ao passo que as outras ilhas, que são mais montanhosas, nomeadamente Santo Antão, Santiago e Fogo, permitem fazer um outro tipo de turismo, o de montanha e o rural.É evidente que o Maio, estando mais atrasado em termos de desenvolvimento turístico, tem a vantagem de não cometer os mesmos erros que foram cometidos em outras ilhas de iguais características podendo explorar mais conscientemente o seu potencial.”
Um destes “erros” frequentemente questionado relaciona-se com o modelo funcional adotado pela maioria dos operadores estrangeiros a atuarem no setor do turismo em Cabo Verde, os quais adotam o sistema All Inclusive, deixando assim poucasoportunidades aos operadores nacionais. No entanto, para Adalberto Silva “tem que se analisar ao pormenor as alternativas. O sistema adotado por esses grandes operadores internacionais é o que, neste momento, melhor se adapta às condições que temos para oferecer. Enquanto o país não tiver capacidade de produzir em quantidade suficiente para abastecer esses grandes grupos hoteleiros, não existirão grandes alternativas ao modelo que está a ser utilizado. Temos é de criar condições internas para que sejam os cabo-verdianos a abastecer esse mercado.”
Os estudos estratégicos elaborados no âmbito do Plano de Desenvolvimento Turístico para a ilha do Maio preveem igualmente um aumento significativo da sua densidade populacional, atualmente na ordem das sete mil pessoas, quer seja para dar resposta à demanda de mão-de-obra necessária à edificação das infraestruturas turísticas, quer mesmo para dar apoio aos serviços complementares que tais empreendimentos irão necessitar. Sobre este aumento populacional de mão-de-obra não qualificada, o gestor é de opinião que, “deverão ser consideradas algumas medidas compensatórias por parte dos futuros operadores turísticos, para que essas pessoas tenham, quer no momento da construção dos empreendimentos, quer mesmo após a sua conclusão, condições dignas de permanecer e integrar social e economicamente a comunidade habitacional do Maio.”
Não obstante muito se falar das potencialidades da ilha e dos projetos para o seu desenvolvimento, o tempo vai passando e o Maio continua numa fase bastante embrionária de desenvolvimento.
Aos maienses, Adalberto “Betú” Silva apela a que não desanimem. “Acredito que vai chegar a vez do Maio, com a vantagem de ao se começar depois dos outros, se poder considerar os erros por eles cometidos. Por isso, é preciso aproveitar essa vantagem subtraindo as inconveniências do atraso que temos tido no nosso desenvolvimento. Compreendo a ansiedade dos maienses, mas tenho esperança que iremos ter um Maio com outro nível de desenvolvimento e baseado no turismo.”, afirma.
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Ilha do Maio: fonte de inspiração criativa
Apesar dos vários cargos de grande responsabilidade assumidos no setor financeiro nacional, Adalberto “Betú” Silva nunca esqueceu as suas duas grandes paixões: a sua amada Ilha do Maio e o amor à morna cabo-verdiana. É um exímio e minucioso compositor.
Desde criança que a música foi um veículo para se expressar, tão ao jeito do povo cabo-verdiano. Junto com os colegas, desde cedo que começou a “brincar”, como gosta de referir, com a música.Inspirado pela sua amada Ilha do Maio, “Betú” é categórico ao afirmar que “a Ilha é por si só inspiradora, o que aliado às inúmeras possibilidades temáticas compreendidas na morna cabo-verdiana, ao amor e à paixão pelo meu país, facilita o trabalho de composição e escrita”.
Ainda que a Ilha do Maio não possua um passado muito rico no que à cultura musical diz respeito, tem vindo nos últimos anos aassistir ao aparecimento de alguns notáveis compositores. “Betú” Silva é um desses compositores e escritores, cujo rigor da escrita aliado a uma composição musical sofisticada e intemporal, tem recebido a preferência de inúmeros intérpretes nacionais. Longe vai o tempo em que a sua morna “Manu” foi gravado pelos inesquecíveis “Tubarões”, e magistralmente interpretada por Ildo Lobo, corria então o ano de 1980.
Desde esses primeiros tempos de composição, Adalberto Silva tem escrito regularmente para inúmeros artistas, “não com a frequência que desejava, no entanto, dado que sou bastante exigente com o trabalho por mim produzido, não consigo escrever e compor com a cadência que muitos intérpretes cabo-verdianos gostariam”, refere o compositor. Esta exigência e atenção a detalhe já o distinguiram com variados prémios no panorama cultural nacional. Participou num disco produzido pelos TACV em 1987 a quando da inauguração da linha Sal-Boston, num projeto criado especificamente para comemorar esse evento. Para além de “Betú”, faziam ainda parte do grupo Nhelas Spencer, Zeca Couto, Jaime do Rosário, Tonecas Marta e a Betina Lopes. Nesse projeto, gravou duas músicas de sua autoria “Maio NhaTera” e “Nha Coraçon” que acabariam por ser contempladas, numa iniciativa do Ministério da Cultura, com o prémio cultural B.Léza em 1989. Mais recentemente ganhou o troféu CVMA 2012 para o Melhor Compositor, com o tema “Nôs Fê”.
Compor mornas foi sempre algo que lhe veio do âmago da existência. Apesar do período de estagnação a que a morna cabo-verdiana foi sujeita, chegando mesmo a correr o risco de cair no esquecimento e a perder a importância que a mesma tem na construção da identidade do povo cabo-verdiano, atualmente assiste-se a um renascer do género musical, muito à custa de nomes como Ildo Lobo, Bana ou Cesária Évora que levaram o género aos quatro cantos do mundo. Com a candidatura a Património Imaterial da Humanidade, a morna consegue incorporar um novo fôlego. “Mesmo que este estatuto não seja alcançado, o simples facto de, por via dessa candidatura, a morna passar a ser ouvida em todo mundo, contribuirá certamente para o enriquecimento e divulgação, quer do estilo, quer de Cabo Verde”, afirma Betú.
Na senda dessa candidatura, algumas rádios, nomeadamente a rádio pública, têm dado muita atenção à morna e isso tem fortalecido o estilo, inclusive muitas com programação dedicada aos mais jovens, têm vindo a conceder o devido destaque que a morna merece, o que tem feito com que, também os mais jovens, comecem novamente a apreciar e a divulgar a morna de outra forma. Se é certo que nos últimos tempos têm-se registado grandes perdas de intérpretes de excelência neste género, há, no entanto, muitos jovens da nova geração que se começam a mostrar interessados em perpetuar o estilo. Para o compositor esta é uma altura de “esperança e de acreditar que esses intérpretes possam dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelos mestres.”
Mas se a esperança recai sobre os intérpretes, o mesmo já não se passa ao nível da composição e das letras. Conforme lamenta o compositor, “a nova geração quase não dá importância à poesia. Talvez seja uma deficiência do próprio sistema educativo. No meu tempo, estudava-se poesia no liceu. Esta nova geração não tem essa oportunidade, como tal, não têm culpa de não darem a devida importância ao que não conhecem. A sensibilidade poética é hoje muito menor que antigamente, o que justifica o empobrecimento das letras que hoje se fazem. A nova música cabo-verdiana é pobre ao nível da letra pois é feita por uma geração que desconhece a poesia.”
Talvez por este motivo, Adalberto Silva se sinta mais confortável apenasna pele de compositor, criando músicas e letras inspiradoras, reveladoras da essência de um povo, das suas vivências, fatalidades e alegrias, anseios e realizações, “deixando a tarefa de as interpretar a outros para que acrescentem valor às minhas obras”.
A proteção e o incentivo à criação artística
Apesar de hoje em dia se discutir muito a proteção da música cabo-verdiana, os seus compositores e intérpretes, “os resultados têm sido incipientes”, afirma o autor, adiantando que, “apesar de haver algumas movimentações em torno da defesa dos direitos de autor, não se têm registado grandes evoluções.” O facto de Cabo Verde“ser um mercado pequeno e denão haver uma fiscalização que incida sobre o mercado paralelo onde proliferam milhares de cópias ilegais das obras dos nossos artistas, faz com que os retornos conseguidos com as edições discográficas sejam muito reduzidos,acabando por desanimar os músicos. Nesta área as autoridades deviam estar mais atentas, pois não têm dado mostras de conseguir combater o flagelo da pirataria musical”, lamenta.
A implementação de uma Sociedade de Autores em Cabo Verde é, segundo Adalberto Silva, “uma tarefa muito difícil de concretizar, pois não há ainda sensibilidade por parte dos operadores económicos que utilizam a música como meio de promoção dos seus negócios a aceitarem o facto de terem, também eles, que contribuir para o incentivo à criação artística e cultural. É um processo que levará o seu tempo e que, certamente, necessita de alguma consciencialização por parte desses operadores.”
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Esta falta de dimensão do mercado faz com que os artistas reclamem muito pela falta de apoios, inclusive institucionais. O Ministério da Cultura, ciente desta realidade tem avançado com algumas iniciativas capazes de minimizar a “dependência institucional” de muitos artistas, incluindo a recente criação do Banco da Cultura. “Apesar de ser uma iniciativa louvável do ministro da Cultura, um profundo conhecedor do meio e um homem ligado à música, há sempre um cem número de outros obstáculos que limitam a ação do governante. A conjuntura económica que atualmente o mundo atravessa e à qual Cabo Verde não é alheio, faz com que haja uma escassez de recursos para determinadas áreas, e a cultura é precisamente uma das áreas que mais sofre quando há necessidade de se fazer cortes orçamentais um pouco por todas as áreas. Como tal, penso que um dos grandes entraves à entrada em pleno funcionamento do Banco da Cultura será precisamente essa falta de recursos financeiros capazes de impulsionar os nossos artistas”, lamenta o compositor.
A realização de festivais tem sido uma das vias capazes de divulgar as nossas criações, contudo, também sobre esta estratégia o compositor tem dúvidas quanto à eficácia, pois “conseguem congregar um número grande de espetadores em torno da música, o que é bom. No entanto, não acredito que estes eventos sejam os mais eficazes para a promoção da música cabo-verdiana, isto porque, à volta dos festivais existem outras manifestações que assumem muito mais ênfase que a própria música. Estes aspetos extramusicais acabam por se sobrepor à essência dos festivais, que é precisamente a promoção e divulgação da música. Além disso, os festivais musicais que se realizam acabam por promover apenas um determinado tipo de música, ficando de fora os géneros mais tradicionais e que necessitam, talvez até mais do que outros géneros, de promoção, como é por exemplo o caso da morna”.
Adalberto “Betú” Tavares Silva é um homem multifacetado. De gestor e político, a compositor e escritor, Betú sempre primou pelas opiniões próprias, pelo rigor e pela isenção das suas análises.
A sua música, os poemas que escreve e os livros que edita são a evidência desta intransigência de análise e reflexão. Faz da elevação da Ilha do Maio a um patamar de desenvolvimento económico semelhante ao registado noutras ilhas do arquipélago a sua cruzada na luta social.
Canta os encantos da sua ilha como ninguém. Apesar de ser um eterno apaixonado pela Maio, suas gentes e tradições, “Betú” é acima de tudo, um perpétuo apaixonado pelo seu país, Cabo Verde.
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Comentários
Os comentários estão fechados.
no, vi prego non rovinate MAIO come le sorelle SAL BOAVISTA E MINDELO….NON CEMENTIFICATELA….è UNO SPLENDORE COSì COM’è………
NO, NON ROVINATE MAIO, LASCIATE LA NATURA COM’è…NON ROVINATELA COME…LE ALTRE ISOLE SAL…BOAVISTA E MINDELO VI PREGO….